RESENHA
BIBLIOGRAFIA:
George
Eldon Ladd, Teologia do Novo Testamento / Tradução: Degmar R. Júnior – SP -
Editora Hagnos, Edição Revisada.
Tese do Autor: Neste livro, “Teologia do Novo Testamento”,
George propõe uma retomada na herança gloriosa da igreja de Jesus Cristo no
campo da teologia bíblica, baseada na Palavra de Deus, a saber, a Escritura
Sagrada. Ele mostra os fundamentos teológicos, analisando e rebatendo as
diversas objeções sobre o estudo do novo testamento tomando como base também o
VT, e uma interpretação puramente reformada, além de fornecer vários passos
para uma boa compreensão do NT em geral e suas complicações aparentes.
“Os
reformadores insistiram que a bíblia deveria ser interpretada literalmente, em
vez de alegoricamente, e essa abordagem teve como conseqüência o início de uma
verdade teologia bíblica[1]”.
A teologia bíblica está perdendo
terreno em nossas igrejas e seminários. Ela tem sido trocada por teologia,
aparentemente mais atraentes (2Co 4:4), como a teologia liberal e diversas
teologias que centralizam em torno do egocentrismo humano.
Este livro vai diretamente à contramão
desta tendência liberal. George Eldon e colaboradores ao escreverem este livro
apresentam de uma forma direta, bem elaborada e com muito embasamento teológico:
Ele comprova sua tese mostrando como
ao longo da história os movimentos que não honraram a Deus, e propõe uma
retomada a teologia bíblica. Mostra também a base bíblica e teológica para uma
teologia sadia das escrituras em igualdade ao “Reino de Deus” e contesta as
objeções das pessoas à mesma.
Ele (George) apresenta vários aspectos
práticos para uma boa e confiável teologia bíblica:
“A
razão disso é o compromisso de Ladd com o estudo histórico do Novo Testamento,
que mantém sensível à sua verdade teológica”[2]
- BREVE RESUMO:
Buscando aproximação com os seus leitores,
Ladd explica de uma forma sutil e compreensiva, o que verdadeiramente é a
teologia bíblica. Explanando bem os fatos, eventos, história e revelação.
Começando e explanando o ministério de João
Batista, a partir de uma perspectiva histórica da época. Mostrando também uma
visão geral e sistematizada do profeta. E viajando em alguns movimentos da
história
Após João Batista, Jesus inicia o seu
ministério com a proclamação do “Reino de Deus”, Ladd mostra a visão dos três
primeiros evangelhos acerca dessa proclamação do reino e sobre o ministério do
Senhor Jesus. Em uma visão geral acerca da proclamação do Reino de Deus, vemos
alguns obstáculos para a proclamação do mesmo, satanás e seus demônios é
colocado para uma análise acerca de sua doutrina do mal em contraste, a obra do
mestre Jesus. Nos sinópticos, a atividade de satanás é vista sob vários
aspectos.
Vemos também uma visão apurado do mundo,
começando com a visão hebraica;
“O
pensamento hebraico, todavia, considerava o mundo como criação de Deus e, muito
embora estivesse impregnado de males, era em si mesmo bom”.[3]
O Senhor Jesus também como um bom hebreu
partilhava a mesma visão de mundo. Ladd mostra que como criaturas de Deus, a
humanidade tem como obrigação de servi-lo. E como criação de Deus, o ser humano
é completamente dependente Dele (Lc 17:7-10). As interpretações acerca do
“Reino de Deus” assumem varias formas, umas distintas das outras, assim
atingindo quase uma variedade infinita em muitos detalhes.
O Reino de Deus, proclamado por Jesus, chega
com um grande presente ao povo eleito; a “Salvação”.
“Nos
evangelhos, as palavras “salvar” e “salvação” fazem referência a uma benção
simultaneamente escatológica e presente”.[4]
Vemos que através de uma perspectiva
abrangente do NT, temos uma compreensão melhor acerca da misericórdia justiça e
do perdão, como partes da restauração de Deus em nossas vidas.
As
formas, sobre “O Deus do Reino”;
(1) O Deus que busca. (2) O Deus que convida. (3) O Deus Paternal. (4) O Deus que julga.
Visando, estabelecer o reino de Deus entre os
seres humanos, na pessoa e obra de Jesus Cristo, dinamicamente ativo, e que
este grandioso propósito aparecerá como um ato apocalíptico na consumação dos
séculos. E dentro desse propósito soberano de Deus, entra também a igreja, mais
primeiramente Jesus e Israel; o Senhor não empreendeu um propósito novo, mas
Ele mesmo como um judeu, que veio para o povo judeu (MT 15:24). Os maiores
representantes da igreja com certeza são os discípulos do mestre, pois foram à
maior expressão a respeito da fundação da igreja (depois, é claro de Jesus) e
adequada ao ensino total do Senhor Jesus Cristo. Pois a igreja não é o Reino,
mas o Reino cria a igreja, e assim a igreja dá testemunho do Reino, e vira o
instrumento do Reino e a detentora do Reino. Os ensinos éticos e, exemplos de
vida; deixados por Jesus, até hoje são reverenciados por cristãos e não
cristãos. Também vemos muitas abordagens sobre o messias dentro de uma visão do
VT, e uma visão judaica do messias, e as expectativas messiânicas nos
evangelhos. Uma visão sobre o filho do homem, de que, do ponto de vista mais
teológico é uma das designações messiânicas mais importantes nos sinópticos.
O titulo “Filho de Deus” é também é abordado
como uma das mais importantes, no estudo da auto-revelação da pessoa de Jesus
Cristo e sua grandiosa obra redentora.
Entramos em uma abordagem muito estreita, com o problema que surge a partir
do retrato de Jesus, como encontrado nos evangelhos sinópticos.
Mais sempre partindo de uma análise de que o
Jesus descrito nas escrituras sagradas era ungido do Senhor para cumprir as
promessas messiânicas do antigo testamento, mas que o cumprimento dessas
preciosas promessas, estava ocorrendo no reino espiritual, e não na esfera
sociopolítica da época.
Deparamo-nos com o Jesus histórico dos
teólogos liberais;
“Esse
dogma precisa primeiramente ser removido, antes que os seres humanos possam uma
vez mais sair em busca do Jesus histórico, antes que possam até mesmo alcançar
o pensamento de Sua existência”[5]
Temos que sabe que, a descrição da palavra de
Deus, acerca da pessoa e obra, do Senhor Jesus, é produto do testemunho vivo do
Espírito Santo, e do testemunho dos Seus discípulos e apóstolos (At
4:5-20). O grande significado da cruz
para o povo de Deus (Mc 10:45), a instituição da ceia do Senhor (MT 26:28; Mc
14:24-25), a morte na cruz era um elemento crucial em Sua missão messiânica. A
escatologia mostra com muita clareza a vontade soberana de Deus em trazer a
salvação e a restauração da terra.
Os evangelhos sinópticos foram escritos, em
um espaço de pouco tempo (ou décadas) e mostram grandes variedades de
interdependência e individualidade que tem intrigado em muito os estudantes e
amantes da teologia bíblica.
Isso
com tudo, não afirmam que não haja lugar para uma harmonização dos evangelhos,
contando que seja feita com a devida atenção e sensibilidade literária e
histórica, e não com uma grande determinação mecanizada, que visa somente
eliminar todas as diferenças a qualquer preço, independente da probabilidade
histórica. A cristologia dos evangelhos e, se não dizer, de toda a bíblia falar
necessariamente de Cristo; pessoa e obra.
Os evangelhos visam mostra essa cristologia de uma forma sistematiza e
lógica, dentro dos acontecimentos e obra do próprio Jesus.
Dentro de uma análise, temos o quarto
evangelho, o de João. As diferenças entre esse evangelho e os sinópticos, não
devem ser encobertas;
“Esse
problema não é simplesmente acadêmico, algo que podemos observar a partir do
fato de que alguns dos temas mais destacados nos sinópticos não se apresentam
de modo tão obvio nos sinópticos”.[6]
Também vemos o destaque que o apostolo João
da a Pessoa do Espírito Santo. Mais para vemos afundo esta diferença temos que
pesquisar o VT e os evangelhos sinópticos.
O livro de atos relata o propósito de Deus
através da igreja, e fornece um quadro da vida e pregação da comunidade cristã
em Jerusalém e descreve o movimento do evangelho desde Jerusalém, Samaria e
Antioquia, até a Ásia Menor, Grécia e Itália. A ressurreição de Jesus junto
com a importância da mesma para compreensão do Reino de Deus. O Kerygma
escatológico, mostrando uma verdadeira ótica das verdades de Deus, a
humanidade.
O início da igreja com a descida do Espírito
Santo no dia de pentecostes;
A vinda do Espírito Santo foi tão perceptível
que ouve manifestações de varias formas. Assim sendo o próprio Jesus Cristo
mostrou seu real propósito, e formou o verdadeiro povo de Deus, o Israel
espiritual.
- PONTOS POSITIVOS:
Eu aprendi e me conscientizei, ainda mais,
que, é uma grande e preciosa responsabilidade, lutar e proteger as verdades
contidas na bíblia. Os pontos positivos aqui abordados são: interpretação
coerente com as sagradas escrituras, revelação, unção e direção do Espírito
Santo de Deus em nossas vidas. O obreiro de Jesus tem que se conscientizar da
responsabilidade em Cristo de proclamar as boas novas do Reino de Deus, assim dando
continuidade ao que o Senhor Jesus delegou a Sua igreja na terra. Aprendi a
amar ainda mais a teologia bíblica.
- PONTOS NEGATIVOS:
Achei alguns pontos na leitura repetitivos demais, como no caso que o
autor trata por demais de explicar com muita exaustão sobre o Reino de Deus.
- APLICAÇÃO PARA MINHA VIDA
MINISTERIAL:
Que o motivo básico e principal do ministério
pastoral (falo isso de uma forma para o meu pastoreio) sempre foi e sempre será,
as verdades de Deus contidas nas escrituras sagradas. Com isso me conscientizo
da responsabilidade que tenho para com Cristo e Sua igreja de pregar e ensinar
de forma correta, a mensagem do Reino de Deus, sempre com muita humildade,
oração, unção e direção do Espírito Santo de Deus. Aprendi também que devo a cada dia mais
estudar as escrituras, me atualizar, com a realidade do mundo atual, sem
esquecer a essência de Cristo na minha vida como um pregador da Sua palavra.
SPB - SEMINÁRIO PRESBITERIANO BRASÍLIA
v
Professor: Reverendo Reginaldo Corrêa de Carvalho.
v
Data: 26/09/2008. Resenha para obtenção do Titulo de Bacharel em Teologia.
Por: Reverendo Silvio Ribeiro
[1] George
Ladd - Teologia do Novo Testamento (pg.18)
[2] George
Ladd – Teologia do Novo Testamento (Pg. 36)
[3] George
Ladd – Teologia do Novo Testamento (Pg. 77).
[4] George
Eldon Ladd – Teologia do Novo Testamento (pg. 103)
[5] George
Ladd – Teologia do Novo Testamento (pg. 233) extraído: A Schweitzer, The Quest of Historical Jesus
(1964), 56.
[6] George
Eldon Ladd – Teologia do Novo Testamento (pg. 326)
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