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Perfil do Pregador / Tradução Glauber Meyer – São Paulo: Vida Nova, 2005. Título original: The preacher´s portrait. Stott, John
Neste livro, “O Perfil do Pregador”,
John Stott propõe uma retomada na herança gloriosa da igreja de Cristo no campo
da pregação, baseada na Palavra de Deus, a saber, a Escritura Sagrada. Ele nos
mostra o perfil do pregador, analisando e rebatendo as diversas objeções à arte
de pregar. As primeiras palavras deste livro resumem de modo apropriado o seu
tema:
“O pregador e a tarefa que lhe cabe” [1]
A pregação está perdendo terreno em
nossas igrejas. Ela tem sido trocada por outras atrações mais atraentes, como o
testemunho, coreografias, filmes, louvores e etc...
Este livro vai à contramão desta
tendência. John Stott ao escrever este livro apresenta de forma direta, bem
elaborada e embasada relatando assim o pregador como: despenseiro, arauto.
Testemunha, pai e servo.
Ele comprova sua tese mostrando palavras
que o novo testamento usa para descrever o pregador e a tarefa que lhe cabe. Como
ao longo da história os movimentos que honraram a Deus tiveram grandes homens
que sabiam expor as Escrituras.
A pregação é indispensável para o
crescimento do povo de Deus.
Primeiramente Deus falou por meio de
profetas e interpretou para eles o significado das suas ações na história de
Israel, e, ao mesmo tempo, mandou transmitir sua mensagem ao povo, quer pela
palavra falada, quer pela escrita, quer por ambas juntas. Depois, e de modo
supremo e maravilhoso, falou por intermédio do Filho, sua Palavra que se tornou
carne. As palavras da sua palavra foram transmitidas quer diretamente, quer
mediante os apóstolos. E depois Sua palavra foi e esta sendo transmitida por
meio do Seu Espírito, que pessoalmente dá testemunho de Cristo e das
escrituras, tornando-os reais para o povo de Deus hoje. A pregação é crucial e distintiva para o
crescimento do cristianismo ela tem sido reconhecida no decurso inteiro da
longa e abençoada história da igreja, desde o próprio início. Nos evangelhos os
evangelistas apresentam Jesus como, em primeiríssimo lugar, pregador itinerante
e proclamador das boas novas (Mc. 1:14; Mt. 4:17), e depois os apóstolos,
depois do Pentecoste, davam prioridade ao ministério da pregação é declarado
especificamente em Atos 6. Jesus além de ser pregador, também enviava Seus
discípulos para pregar (Mc. 3:14).
Além disso, a pregação era o modo
determinado por Deus para os pecadores ouvirem a respeito do Salvador e, assim,
invocá-lo para a salvação (1Co. 1:17; Rm. 10:14, 15).
Era tanto o destaque para a pregação e
para o ensino no ministério de Jesus que pouco nos surpreende descobrir entre
os primeiros pais da igreja a mesma ênfase neles.
A reforma deu centralidade ao sermão.
O púlpito ficava mais alto que o altar, pois Lutero sustentava que a salvação
era mediante a palavra, e sem a palavra os elementos estão destituídos de
qualidade sacramental, mas a palavra é estéril se não é falada. Em todas as
suas escritas, Lutero não perdia nenhuma oportunidade de engrandecer o poder
libertador e sustentador da Palavra de Deus.
Portando a palavra de Deus, é
indispensável para nossa vida espiritual.
Enquanto Calvino escrevia as
Institutas na paz comparativa de Genebra, ele, também exaltava a Palavra de
Deus.
O destaque que era dado à pregação pelos
primeiros reformadores continuou a ser dado, na parte final do século XVI e no
século XVII pelos puritanos.
No decurso da totalidade do século
XIX, a despeito dos ataques da alta crítica contra a bíblia e a despeito das
teorias evolucionárias de Charles Darwin, o púlpito manteve seu prestígio na
Inglaterra.
É lógico que cada recuperação de
confiança na palavra de Deus e, portanto, num Deus vivo que falou e que fala,
seja como for definida essa verdade, forçosamente resultará numa recuperação da
pregação. Deve ser por isso que tantos pregadores grandiosos têm pertencido à
tradição da reforma. Nem mesmo a segunda guerra mundial, embora acelerasse o
processo da secularização na Europa, conseguiu abafar a pregação da palavra de
Deus. As décadas de 1960, de 1970, e de 1980, a maré da pregação entrou em refluxo e
continua sendo baixa hoje. Pelo menos no mundo Ocidental, o declínio da
pregação é sintoma do declínio da igreja. Uma era de ceticismo não conduz à
recuperação da proclamação confiante. No entanto, não faltam vozes que tanto
declaram sua importância vital quanto conclamam à sua renovação.
Os profetas da desgraça na igreja de
hoje estão predizendo, com confiança, que já se passaram os dias da pregação.
Quando a rebelião é expressa em termos tais como esses, os cristãos, longe de
se oporem a ela, devem estar na vanguarda dos que a promovem. Isso porque sua
inspiração se acha na glória de Deus.
Como, portanto, os pregadores devem
reagir diante do espírito anti-autoridade dos nossos dias? Em primeiro lugar,
precisamos nos lembrar da natureza dos seres humanos no entendimento cristão.
Em segundo lugar, precisamos nos
lembrar da doutrina da revelação. É uma crença fundamental da religião cristã
que cremos naquilo que cremos não porque seres humanos o inventaram, mas porque
Deus o revelou.
Uma igreja surda é uma igreja morta;
esse é um princípio inalterável. Ao enfatizar assim a palavra de Deus como
indispensável para o bem-estar da igreja, não estou me esquecendo dos
sacramentos segundo o evangelho, e muito menos da Ceia do Senhor. Tanto a
palavra como o sacramento dão testemunho de Cristo.
O pregador pode vislumbrar a glória da
pregação e captar a sua teologia. Pode estudar com esforço e se preparar bem.
Pregadores corajosos é a necessidade
urgente nos púlpitos do mundo atual. Pregadores semelhantes aos apóstolos da
igreja primitiva, que eram “cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente
a Palavra de Deus (At.4:31).
A igreja precisa reaprender, em cada
geração, a lição de Atos 6. Nada havia de errado com o zelo que os apóstolos
tinham por Deus e pela igreja. Estavam ocupados dinamicamente num ministério
compassivo, semelhante ao de Cristo, a palavra de Deus,
O pregador cristão hoje que busca a
graça de Deus para ser fiel pode extrair muita inspiração de uma longa tradição
de antecessores, desde os tempos do Antigo Testamento.
Eu creio na Pregação. Essas palavras
são mais do que o título deste livro; afirmam, também, forte convicção pessoal.
Realmente creio na pregação, que nada seria mais eficaz para restaurar a saúde
e a vitalidade à igreja, bem como para levar seus membros à maturidade em
Cristo.
Eu aprendi e me conscientizei, ainda
mais, que, pregar a palavra de Deus é uma grande e preciosa responsabilidade,
para os obreiros da última hora. Os pontos positivos aqui abordados são:
humildade, oração, coragem, audácia, revelação, unção e direção do Espírito Santo
de Deus em nossas vidas. O obreiro de Jesus tem que se conscientizar da
responsabilidade em Cristo de proclamar as boas novas de Salvação através do
instrumento chamado púlpito.
Aplicação para a vida ministerial é que
o motivo básico e principal do ministério da pregação sempre foi e sempre será
a exposição dos oráculos de Deus. Com isso me conscientizo da responsabilidade
que tenho para com Cristo Jesus e Sua igreja de pregar de forma correta e
expositiva a mensagem da salvação; sempre com muita humildade, oração, unção e
direção do Espírito Santo de Deus.
SPB - SEMINÁRIO PRESBITERIANO DE BRASÍLIA
Matéria: Prática da Pregação 3
SPB - SEMINÁRIO PRESBITERIANO DE BRASÍLIA
Matéria: Prática da Pregação 3
v Professor: Reverendo José Pereira de Souza
v Data: 12/05/2010.
Resenha para obtenção do Titulo de Bacharel em Teologia.
Por: Reverendo Silvio Ribeiro
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