terça-feira, 18 de abril de 2017

Resenha

Peterson, Eugene
A VOCAÇÃO ESPIRITUAL DO PASTOR - Redescobrindo o chamado ministerial.
Traduzido por: Carlos Osvaldo Cardoso Pinto.
Título Original: Under the unpredictable plant: an exploration in vocational holiness.
Editora: TEXTUS Uma divisão da Editora Mundo Cristão – SP.
  Eugene Peterson e graduado pelo Seminário Teológico de Nova York e pela Universidade John Hopkins. É escrito e poeta. E autor de vários livros publicados pela editora Textus.
     Neste livro a vocação espiritual do pastor, Peterson propõe uma retomada ao ministério pastoral, buscando uma análise no livro de Jonas. Sua visão acerca da vocação pastoral passa, para em primeiro lugar; pela vida diária do pastor, e, sua vocação acerca de seu chamado especifica na obra de Deus. Peterson em um analise clinico pastoral, observa que nos últimos dias a uma invenção de valores no meio do povo de Deus. Pastores, que invés de serem pastores, e cuidarem de seus rebanhos estão virando; psicólogos, médicos, curandeiros e místicos. Menos pastores preocupados com sua chamada ministerial. Nos últimas (segundo Peterson) os pastores e lideres eclesiástico estão mais preocupados com tudo, menos com sua chamada ao ministério pastoral. Estão abandonando suas vocações e ordenações por um emprego bem mais visível, ou seja, por um grande emprego religioso.
     Ao comparar a vida do profeta Jonas com os nossos pastores, Peterson nos chama para uma busca aos primeiros passos, pois segundo ele a vocação pastoral não é mais difícil de seguir do que qualquer outra:
“Vocação no lar, na ciência, na agricultura, na educação e nos negócios, quando assumidas com compromissos biblicamente formulados, são igualmente exigentes e demandam a mesma espiritualidade”[1]
     Por que ser pastor é tão difícil para os pastores? Eugene Peterson responde esta pergunta diretamente aos seus leitores:
“Porque nós estamos afundados na idolatria”[2]
    Na vocação ao pastorado, se não nos cuidarmos, entraremos, nos becos da idolatria, a figura pastoral. Mais há outro lado da moeda, da mesma forma, a piedade não garante ao pastor um verdadeiro e autêntico trabalho no ministério pastoral. Jamais poderemos entra no ministério pensando que somos alguma coisa, pois quem está no controle e pode todas as coisas é Deus, e não nós.
    Ao pesquisar e analisar a sua vida e ministério pastoral, Peterson se deparou profundamente com o personagem bíblico Jonas, olhando a história e trazendo para os dias atuais, Deus o colocou em um grande momento de reflexão ministerial, e ele começou a olhar a  sua  verdadeira vocação ministério. A maravilhosa chamada ao pastorado e ao mesmo tempo desobediência de Jonas evoca de maneira intensa a experiência vocacional do pastor. Numa visão mais aprofundada da vocação pastoral, vemos que jamais acharemos uma congregação ou igreja totalmente perfeita:
“Contudo, se examinarmos de perto, não existe uma congregação perfeita”[3].
    Mais Peterson com isso não está negando que existem momentos de êxtases e glórias maravilhosas da parte de Deus. A santidade no ministério pastoral e desenvolvida em nossas vidas no dia-a-dia no convívio família e congregacional.
    A figura do profeta Jonas nos mostra muitas fezes o tipo de pastor que realmente somos. Com tudo isso na vida e no ministério de Jonas, tanto na sua desobediência e obediência, enxergamos o amor gracioso de Deus, e que Deus usa-nos para cumpri a Sua vontade soberana. O que então aprendemos com o livro de Jonas? Aprendemos muito! Pois o chamado ao ministério pastoral e muito mais que uma profissão ou uma vida marcada pelo marketing gospel. O real sentido da vocação pastoral é proclamamos a palavra de Deus de uma maneira limpa e correta, para que as pessoas possam manter contato com as realidades elementares e básicas de sua existência, para que saibam o que está acontecendo em suas vidas regeneradas. A vocação e um presente de Deus aos seus escolhidos. A vocação não e um produto consumível, não estamos para agradar os consumidores, e nem fornecedores, mais para agradar a pessoa de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Chamais poderemos entre na vida de um pastor diretor de programação. E sim do chamado ao pastoreio do diretor espiritual:
“Com essa mudança de paradigma, tudo muda. O lugar em que estamos não é mais uma posição para exercício do controle; é um lugar de louvor, um local sagrado de adoração e mistério onde direcionamos nossa atenção a Deus”.[4]
    Este livro chamou-me à atenção de que temos que a cada dia, nos analisarmos e buscarmos com muito cuidado, fazer; a vontade de Deus e não a nossa! Que o ministério pastoral sempre será uma benção de Deus se fomos obedientes ao chamado e Deus em nossas vidas. Temos que aprender a sim como Jonas a linguagem da comunhão com a igreja e com o dono Jesus Cristo.

SPB - SEMINÁRIO PRESBITERIANO DE BRASÍLIA
BACHAREL EM TEOLOGIA
Poimênica: 1
Aluno: Silvio Ribeiro Fernandes.
Professor: Reverendo Geomário Moreira Carneiro.
Data: 14/09/2009
Resenha para obtenção do Título de Bacharel em Teologia.


[1] A vocação espiritual do pastor (Eugene Peterson) pg. 15.
[2] A vocação espiritual do pastor (Peterson Eugene) pg.16
[3] A vocação espiritual do pastor (Peterson) pg.27
[4] A vocação espiritual do pastor (Peterson Eugene) pg.157

RESENHA

RESENHA
BIBLIOGRAFIA:
George Eldon Ladd, Teologia do Novo Testamento / Tradução: Degmar R. Júnior – SP - Editora Hagnos, Edição Revisada.
   Tese do Autor: Neste livro, “Teologia do Novo Testamento”, George propõe uma retomada na herança gloriosa da igreja de Jesus Cristo no campo da teologia bíblica, baseada na Palavra de Deus, a saber, a Escritura Sagrada. Ele mostra os fundamentos teológicos, analisando e rebatendo as diversas objeções sobre o estudo do novo testamento tomando como base também o VT, e uma interpretação puramente reformada, além de fornecer vários passos para uma boa compreensão do NT em geral e suas complicações aparentes.

“Os reformadores insistiram que a bíblia deveria ser interpretada literalmente, em vez de alegoricamente, e essa abordagem teve como conseqüência o início de uma verdade teologia bíblica[1]”.

         A teologia bíblica está perdendo terreno em nossas igrejas e seminários. Ela tem sido trocada por teologia, aparentemente mais atraentes (2Co 4:4), como a teologia liberal e diversas teologias que centralizam em torno do egocentrismo humano.
Este livro vai diretamente à contramão desta tendência liberal. George Eldon e colaboradores ao escreverem este livro apresentam de uma forma direta, bem elaborada e com muito embasamento teológico:
         Ele comprova sua tese mostrando como ao longo da história os movimentos que não honraram a Deus, e propõe uma retomada a teologia bíblica. Mostra também a base bíblica e teológica para uma teologia sadia das escrituras em igualdade ao “Reino de Deus” e contesta as objeções das pessoas à mesma.
Ele (George) apresenta vários aspectos práticos para uma boa e confiável teologia bíblica:
“A razão disso é o compromisso de Ladd com o estudo histórico do Novo Testamento, que mantém sensível à sua verdade teológica”[2]

  • BREVE RESUMO:
  Buscando aproximação com os seus leitores, Ladd explica de uma forma sutil e compreensiva, o que verdadeiramente é a teologia bíblica. Explanando bem os fatos, eventos, história e revelação.
  Começando e explanando o ministério de João Batista, a partir de uma perspectiva histórica da época. Mostrando também uma visão geral e sistematizada do profeta. E viajando em alguns movimentos da história
  Após João Batista, Jesus inicia o seu ministério com a proclamação do “Reino de Deus”, Ladd mostra a visão dos três primeiros evangelhos acerca dessa proclamação do reino e sobre o ministério do Senhor Jesus. Em uma visão geral acerca da proclamação do Reino de Deus, vemos alguns obstáculos para a proclamação do mesmo, satanás e seus demônios é colocado para uma análise acerca de sua doutrina do mal em contraste, a obra do mestre Jesus. Nos sinópticos, a atividade de satanás é vista sob vários aspectos.
  Vemos também uma visão apurado do mundo, começando com a visão hebraica;

“O pensamento hebraico, todavia, considerava o mundo como criação de Deus e, muito embora estivesse impregnado de males, era em si mesmo bom”.[3]

  O Senhor Jesus também como um bom hebreu partilhava a mesma visão de mundo. Ladd mostra que como criaturas de Deus, a humanidade tem como obrigação de servi-lo. E como criação de Deus, o ser humano é completamente dependente Dele (Lc 17:7-10). As interpretações acerca do “Reino de Deus” assumem varias formas, umas distintas das outras, assim atingindo quase uma variedade infinita em muitos detalhes.
  O Reino de Deus, proclamado por Jesus, chega com um grande presente ao povo eleito; a “Salvação”.

“Nos evangelhos, as palavras “salvar” e “salvação” fazem referência a uma benção simultaneamente escatológica e presente”.[4]

  Vemos que através de uma perspectiva abrangente do NT, temos uma compreensão melhor acerca da misericórdia justiça e do perdão, como partes da restauração de Deus em nossas vidas.
As formas, sobre “O Deus do Reino”;
(1) O Deus que busca.  (2) O Deus que convida.  (3) O Deus Paternal.  (4) O Deus que julga.
  Visando, estabelecer o reino de Deus entre os seres humanos, na pessoa e obra de Jesus Cristo, dinamicamente ativo, e que este grandioso propósito aparecerá como um ato apocalíptico na consumação dos séculos. E dentro desse propósito soberano de Deus, entra também a igreja, mais primeiramente Jesus e Israel; o Senhor não empreendeu um propósito novo, mas Ele mesmo como um judeu, que veio para o povo judeu (MT 15:24). Os maiores representantes da igreja com certeza são os discípulos do mestre, pois foram à maior expressão a respeito da fundação da igreja (depois, é claro de Jesus) e adequada ao ensino total do Senhor Jesus Cristo. Pois a igreja não é o Reino, mas o Reino cria a igreja, e assim a igreja dá testemunho do Reino, e vira o instrumento do Reino e a detentora do Reino. Os ensinos éticos e, exemplos de vida; deixados por Jesus, até hoje são reverenciados por cristãos e não cristãos. Também vemos muitas abordagens sobre o messias dentro de uma visão do VT, e uma visão judaica do messias, e as expectativas messiânicas nos evangelhos. Uma visão sobre o filho do homem, de que, do ponto de vista mais teológico é uma das designações messiânicas mais importantes nos sinópticos.
  O titulo “Filho de Deus” é também é abordado como uma das mais importantes, no estudo da auto-revelação da pessoa de Jesus Cristo e sua grandiosa obra redentora.  Entramos em uma abordagem muito estreita, com o problema que surge a partir do retrato de Jesus, como encontrado nos evangelhos sinópticos.
  Mais sempre partindo de uma análise de que o Jesus descrito nas escrituras sagradas era ungido do Senhor para cumprir as promessas messiânicas do antigo testamento, mas que o cumprimento dessas preciosas promessas, estava ocorrendo no reino espiritual, e não na esfera sociopolítica da época.
  Deparamo-nos com o Jesus histórico dos teólogos liberais;

“Esse dogma precisa primeiramente ser removido, antes que os seres humanos possam uma vez mais sair em busca do Jesus histórico, antes que possam até mesmo alcançar o pensamento de Sua existência”[5]

  Temos que sabe que, a descrição da palavra de Deus, acerca da pessoa e obra, do Senhor Jesus, é produto do testemunho vivo do Espírito Santo, e do testemunho dos Seus discípulos e apóstolos (At 4:5-20).  O grande significado da cruz para o povo de Deus (Mc 10:45), a instituição da ceia do Senhor (MT 26:28; Mc 14:24-25), a morte na cruz era um elemento crucial em Sua missão messiânica. A escatologia mostra com muita clareza a vontade soberana de Deus em trazer a salvação e a restauração da terra.
  Os evangelhos sinópticos foram escritos, em um espaço de pouco tempo (ou décadas) e mostram grandes variedades de interdependência e individualidade que tem intrigado em muito os estudantes e amantes da teologia bíblica.
Isso com tudo, não afirmam que não haja lugar para uma harmonização dos evangelhos, contando que seja feita com a devida atenção e sensibilidade literária e histórica, e não com uma grande determinação mecanizada, que visa somente eliminar todas as diferenças a qualquer preço, independente da probabilidade histórica. A cristologia dos evangelhos e, se não dizer, de toda a bíblia falar necessariamente de Cristo; pessoa e obra.  Os evangelhos visam mostra essa cristologia de uma forma sistematiza e lógica, dentro dos acontecimentos e obra do próprio Jesus.
   Dentro de uma análise, temos o quarto evangelho, o de João. As diferenças entre esse evangelho e os sinópticos, não devem ser encobertas;

“Esse problema não é simplesmente acadêmico, algo que podemos observar a partir do fato de que alguns dos temas mais destacados nos sinópticos não se apresentam de modo tão obvio nos sinópticos”.[6]

  Também vemos o destaque que o apostolo João da a Pessoa do Espírito Santo. Mais para vemos afundo esta diferença temos que pesquisar o VT e os evangelhos sinópticos.
  O livro de atos relata o propósito de Deus através da igreja, e fornece um quadro da vida e pregação da comunidade cristã em Jerusalém e descreve o movimento do evangelho desde Jerusalém, Samaria e Antioquia, até a Ásia Menor, Grécia e Itália.                 A ressurreição de Jesus junto com a importância da mesma para compreensão do Reino de Deus. O Kerygma escatológico, mostrando uma verdadeira ótica das verdades de Deus, a humanidade.
  O início da igreja com a descida do Espírito Santo no dia de pentecostes;
   A vinda do Espírito Santo foi tão perceptível que ouve manifestações de varias formas. Assim sendo o próprio Jesus Cristo mostrou seu real propósito, e formou o verdadeiro povo de Deus, o Israel espiritual.
  • PONTOS POSITIVOS:
  Eu aprendi e me conscientizei, ainda mais, que, é uma grande e preciosa responsabilidade, lutar e proteger as verdades contidas na bíblia. Os pontos positivos aqui abordados são: interpretação coerente com as sagradas escrituras, revelação, unção e direção do Espírito Santo de Deus em nossas vidas. O obreiro de Jesus tem que se conscientizar da responsabilidade em Cristo de proclamar as boas novas do Reino de Deus, assim dando continuidade ao que o Senhor Jesus delegou a Sua igreja na terra. Aprendi a amar ainda mais a teologia bíblica.
  • PONTOS NEGATIVOS:
  Achei alguns pontos na leitura repetitivos demais, como no caso que o autor trata por demais de explicar com muita exaustão sobre o Reino de Deus.
  • APLICAÇÃO PARA MINHA VIDA MINISTERIAL:
  Que o motivo básico e principal do ministério pastoral (falo isso de uma forma para o meu pastoreio) sempre foi e sempre será, as verdades de Deus contidas nas escrituras sagradas. Com isso me conscientizo da responsabilidade que tenho para com Cristo e Sua igreja de pregar e ensinar de forma correta, a mensagem do Reino de Deus, sempre com muita humildade, oração, unção e direção do Espírito Santo de Deus.   Aprendi também que devo a cada dia mais estudar as escrituras, me atualizar, com a realidade do mundo atual, sem esquecer a essência de Cristo na minha vida como um pregador da Sua palavra. 

SPB - SEMINÁRIO PRESBITERIANO BRASÍLIA
v  Professor: Reverendo Reginaldo Corrêa de Carvalho.
v  Data: 26/09/2008. Resenha para obtenção do Titulo de Bacharel em Teologia.

Por: Reverendo Silvio Ribeiro




[1] George Ladd - Teologia do Novo Testamento (pg.18)
[2] George Ladd – Teologia do Novo Testamento (Pg. 36)
[3] George Ladd – Teologia do Novo Testamento (Pg. 77).
[4] George Eldon Ladd – Teologia do Novo Testamento (pg. 103)
[5] George Ladd – Teologia do Novo Testamento (pg. 233) extraído: A Schweitzer, The Quest of Historical Jesus (1964), 56.
[6] George Eldon Ladd – Teologia do Novo Testamento (pg. 326)

RESENHA


O Perfil do Pregador / Tradução Glauber Meyer – São Paulo: Vida Nova, 2005.  Título original: The preacher´s portrait. Stott, John

         Neste livro, “O Perfil do Pregador”, John Stott propõe uma retomada na herança gloriosa da igreja de Cristo no campo da pregação, baseada na Palavra de Deus, a saber, a Escritura Sagrada. Ele nos mostra o perfil do pregador, analisando e rebatendo as diversas objeções à arte de pregar. As primeiras palavras deste livro resumem de modo apropriado o seu tema:
 “O pregador e a tarefa que lhe cabe” [1]
         A pregação está perdendo terreno em nossas igrejas. Ela tem sido trocada por outras atrações mais atraentes, como o testemunho, coreografias, filmes, louvores e etc...
Este livro vai à contramão desta tendência. John Stott ao escrever este livro apresenta de forma direta, bem elaborada e embasada relatando assim o pregador como: despenseiro, arauto. Testemunha, pai e servo.
         Ele comprova sua tese mostrando palavras que o novo testamento usa para descrever o pregador e a tarefa que lhe cabe. Como ao longo da história os movimentos que honraram a Deus tiveram grandes homens que sabiam expor as Escrituras.
A pregação é indispensável para o crescimento do povo de Deus.
Primeiramente Deus falou por meio de profetas e interpretou para eles o significado das suas ações na história de Israel, e, ao mesmo tempo, mandou transmitir sua mensagem ao povo, quer pela palavra falada, quer pela escrita, quer por ambas juntas. Depois, e de modo supremo e maravilhoso, falou por intermédio do Filho, sua Palavra que se tornou carne. As palavras da sua palavra foram transmitidas quer diretamente, quer mediante os apóstolos. E depois Sua palavra foi e esta sendo transmitida por meio do Seu Espírito, que pessoalmente dá testemunho de Cristo e das escrituras, tornando-os reais para o povo de Deus hoje.  A pregação é crucial e distintiva para o crescimento do cristianismo ela tem sido reconhecida no decurso inteiro da longa e abençoada história da igreja, desde o próprio início. Nos evangelhos os evangelistas apresentam Jesus como, em primeiríssimo lugar, pregador itinerante e proclamador das boas novas (Mc. 1:14; Mt. 4:17), e depois os apóstolos, depois do Pentecoste, davam prioridade ao ministério da pregação é declarado especificamente em Atos 6. Jesus além de ser pregador, também enviava Seus discípulos para pregar (Mc. 3:14).
Além disso, a pregação era o modo determinado por Deus para os pecadores ouvirem a respeito do Salvador e, assim, invocá-lo para a salvação (1Co. 1:17; Rm. 10:14, 15).
Era tanto o destaque para a pregação e para o ensino no ministério de Jesus que pouco nos surpreende descobrir entre os primeiros pais da igreja a mesma ênfase neles.
A reforma deu centralidade ao sermão. O púlpito ficava mais alto que o altar, pois Lutero sustentava que a salvação era mediante a palavra, e sem a palavra os elementos estão destituídos de qualidade sacramental, mas a palavra é estéril se não é falada. Em todas as suas escritas, Lutero não perdia nenhuma oportunidade de engrandecer o poder libertador e sustentador da Palavra de Deus.
Portando a palavra de Deus, é indispensável para nossa vida espiritual.
Enquanto Calvino escrevia as Institutas na paz comparativa de Genebra, ele, também exaltava a Palavra de Deus.
 O destaque que era dado à pregação pelos primeiros reformadores continuou a ser dado, na parte final do século XVI e no século XVII pelos puritanos.
No decurso da totalidade do século XIX, a despeito dos ataques da alta crítica contra a bíblia e a despeito das teorias evolucionárias de Charles Darwin, o púlpito manteve seu prestígio na Inglaterra.
É lógico que cada recuperação de confiança na palavra de Deus e, portanto, num Deus vivo que falou e que fala, seja como for definida essa verdade, forçosamente resultará numa recuperação da pregação. Deve ser por isso que tantos pregadores grandiosos têm pertencido à tradição da reforma. Nem mesmo a segunda guerra mundial, embora acelerasse o processo da secularização na Europa, conseguiu abafar a pregação da palavra de Deus. As décadas de 1960, de 1970, e de 1980, a maré da pregação entrou em refluxo e continua sendo baixa hoje. Pelo menos no mundo Ocidental, o declínio da pregação é sintoma do declínio da igreja. Uma era de ceticismo não conduz à recuperação da proclamação confiante. No entanto, não faltam vozes que tanto declaram sua importância vital quanto conclamam à sua renovação.
Os profetas da desgraça na igreja de hoje estão predizendo, com confiança, que já se passaram os dias da pregação. Quando a rebelião é expressa em termos tais como esses, os cristãos, longe de se oporem a ela, devem estar na vanguarda dos que a promovem. Isso porque sua inspiração se acha na glória de Deus.
Como, portanto, os pregadores devem reagir diante do espírito anti-autoridade dos nossos dias? Em primeiro lugar, precisamos nos lembrar da natureza dos seres humanos no entendimento cristão.
Em segundo lugar, precisamos nos lembrar da doutrina da revelação. É uma crença fundamental da religião cristã que cremos naquilo que cremos não porque seres humanos o inventaram, mas porque Deus o revelou.
Uma igreja surda é uma igreja morta; esse é um princípio inalterável. Ao enfatizar assim a palavra de Deus como indispensável para o bem-estar da igreja, não estou me esquecendo dos sacramentos segundo o evangelho, e muito menos da Ceia do Senhor. Tanto a palavra como o sacramento dão testemunho de Cristo.
O pregador pode vislumbrar a glória da pregação e captar a sua teologia. Pode estudar com esforço e se preparar bem.
Pregadores corajosos é a necessidade urgente nos púlpitos do mundo atual. Pregadores semelhantes aos apóstolos da igreja primitiva, que eram “cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a Palavra de Deus (At.4:31).
A igreja precisa reaprender, em cada geração, a lição de Atos 6. Nada havia de errado com o zelo que os apóstolos tinham por Deus e pela igreja. Estavam ocupados dinamicamente num ministério compassivo, semelhante ao de Cristo, a palavra de Deus,
O pregador cristão hoje que busca a graça de Deus para ser fiel pode extrair muita inspiração de uma longa tradição de antecessores, desde os tempos do Antigo Testamento.     
Eu creio na Pregação. Essas palavras são mais do que o título deste livro; afirmam, também, forte convicção pessoal. Realmente creio na pregação, que nada seria mais eficaz para restaurar a saúde e a vitalidade à igreja, bem como para levar seus membros à maturidade em Cristo.
Eu aprendi e me conscientizei, ainda mais, que, pregar a palavra de Deus é uma grande e preciosa responsabilidade, para os obreiros da última hora. Os pontos positivos aqui abordados são: humildade, oração, coragem, audácia, revelação, unção e direção do Espírito Santo de Deus em nossas vidas. O obreiro de Jesus tem que se conscientizar da responsabilidade em Cristo de proclamar as boas novas de Salvação através do instrumento chamado púlpito.
Aplicação para a vida ministerial é que o motivo básico e principal do ministério da pregação sempre foi e sempre será a exposição dos oráculos de Deus. Com isso me conscientizo da responsabilidade que tenho para com Cristo Jesus e Sua igreja de pregar de forma correta e expositiva a mensagem da salvação; sempre com muita humildade, oração, unção e direção do Espírito Santo de Deus.

SPB - SEMINÁRIO PRESBITERIANO DE BRASÍLIA
Matéria: Prática da Pregação 3
v  Professor: Reverendo José Pereira de Souza

v  Data: 12/05/2010.
Resenha para obtenção do Titulo de Bacharel em Teologia.

 Por: Reverendo Silvio Ribeiro





[1] O perfil do pregador – John Stott: prefácio do autor (pág.09).

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Qual a nossa ATITUDE em relação à RESSURREIÇÃO de JESUS CRISTO?

“No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve. E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos. Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais JESUS, que foi crucificado. Ele não está aqui; RESSUSCITOU, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mateus 28:1-6). 

A história da Salvação! Como em toda boa história, temos personagens, fatos narrados e um pouco de trama, mas a RESSURREIÇÃO não é somente uma história qualquer, e sim a trajetória de um DEUS-HOMEM que morre pelo seu povo! (Jo 3:16; 10:1-42). Nem um outro fato se reveste de tanta importância e significado real como a RESSURREIÇÃO de JESUS CRISTO. Nenhum outro líder na face da terra, foi capaz de romper a barreira da morte, ressuscitando e permanecendo vivo até os dias atuais. A notícia agradável que o evangelho de JESUS CRISTO pode trazer ao mundo é essa: Nosso Senhor RESSUSCITOU.... O cristianismo ergue a sua voz, em alto e bom som, para cantar (e gritar): “Aleluia, glória a DEUS nosso Salvador JESUS CRISTO está VIVO!”


Podemos observar que antes de sua morte nosso Senhor JESUS já havia revelado aos seus seguidores e discípulos que verdadeiramente ressuscitaria dentre os mortos: “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia” (Mt 16:21). Os quadros Evangelistas relatam este fato de que o CRISTO ressuscitaria (Mt 20:19; Mc 10:34; Lc 9:22; Jo 2:19).

Para o Cristianismo não existe restos mortais do nosso DEUS-HOMEM, pois bem sabemos que por poucos dias o corpo de JESUS ficou naquele túmulo, pois no primeiro Domingo, ouviu-se a mas agradável notícia de todos os tempos: “ELE não está aqui, RESSUSCITOU” (Mt 28:6a).

JESUS sofreu, foi crucificado e morto, mas RESSUSCITOU dentre os mortos! Quando as mulheres foram ao sepulcro para embalsamar o corpo do Mestre, encontraram um anjo sentado sobre a pedra do túmulo. Acompanhando o registro evangélico de Mateus, podemos aprender algumas atitudes quanto ao CRISTO VIVO.

Sentença de Transição: Nossa  ATITUDE em relação à RESSURREIÇÃO de JESUS CRISTO:

1ª  ATITUDE: CRER QUE JESUS CRISTO ESTÁ VIVO!
“Na Galileia o vereis. É como vos digo” (Mt 28:7). Então, quanto a RESSURREIÇÃO de CRISTO, a primeira ATITUDE é CRER.

2ª ATITUDE: ANUNCIAR QUE JESUS CRISTO ESTÁ VIVO!
“Ide, pois, depressa, e dizei aos seus discípulos que Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia, ali o vereis” (Mt 28.7). Então, quanto a RESSURREIÇÃO de CRISTO, a segunda ATITUDE é ANUNCIAR!

3ª ATITUDE: ADORAR AO CRISTO VIVO!
“E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram” (Mt 28.9). Então, quanto a RESSURREIÇÃO de CRISTO, a terceira ATITUDE é ADORAR.


Por: Reverendo Silvio Ribeiro
 (Sermão pregado no Domingo de Pásco/Ressurreição na Igreja Cristã Presbiteriana de Samambaia-DF em 16/04/2017)