sábado, 25 de dezembro de 2010

RESENHA


Resenha: Silvio Ribeiro
George, Timothy
Teologia dos reformadores /Timothy;
Tradução Gérson Dudus e Valéria Fontana. – São Paulo;
Vida Nova, 1993.

Timothy George é diretor-Fundador e professor de teologia da Beeson Divinity School. Ele é mestre em teologia pela Harvard Divinty School e doutor na mesma área pela Harvard University. Ensina história da igreja, teologia histórica e teologia dos reformadores. Alem disso, é editor-executivo da Christianity Today e participa também do conselho editorial da The Harvard Theological Review, Christian History e Books & Culture. É casado com Denise e pai de Christian e Alyce.

Em assuntos sobre história da igreja e a teologia dos reformadores, ele é um dos nomes de referência, é muito respeitado nos seminários e no meio acadêmico em geral, por sua vasta experiências sobre o assunto.
Esta obra preocupa-se com o meio acadêmico e teológico, mais também mostra de uma maneira simples e clara para leigos e iniciantes os aspectos básicos a teologia e fundamentos dos reformadores que contribuíram e deu a igreja de Jesus Cristo o retorno aos rudimentos de Deus, a saber, a sua vontade decretada contida na bíblia.
Este grande compêndio teológico sobre a teologia dos reformadores tem o inicio com um breve comentário sobre vários aspectos da reforma contendo informações boas e ruins. O autor coloca de maneira agradável e carinhosa como foi seu inicio para a composição desta grande obra e suas dificuldades aparentes. Um breve prefacio e uma fascinante explanação teológica sobre a reforma e seus grandes nomes.

Timothy George mostra que este tema riquíssimo da literatura cristã foi colocado também em algumas palestras e aperfeiçoada para então chegar a ser publicada, o próprio fala sobre grandes e valiosas sugestões ao tema sugerido.

Nos capítulos iniciais vemos um grande e rico comentário sobre as perspectivas do estudo da reforma é o debate entre os historiadores sobre a questão da reforma ter sido arcaica ou inovadora. O autor antes mesmo de entrar no propósito da qual quer abordar em seu livro mostra as variedades de abordagens contraditórias, antes de expor o seu pensamento e sua pesquisa sobre a teologia dos reformadores.
E sobre as sombras do passado ao ser estudado George diz que estava impressionado com o contexto secular dos grandes eventos atuais, ele diz também que muitas vezes somos tentados a interpretar de maneira errada o passado com nossos pressupostos e aspectos padrões atual, em vez da época que estamos pesquisando e estudando.
Após seus comentários introdutórios e sua visão ampla e sistemática sobre os aspectos das visões contraditórios da reforma no qual são descritos, ele começa oferecendo um perfil mais detalhado e abrangente dos quatro maiores reformadores do século XVI, Martinho Lutero, Ulrich Zuínglio, João Calvino e Menno Simons.
A obra mostra assim as contribuições de cada um desses reformadores para o crescimento da igreja, suas polêmicas e debates teológicos acerca da doutrina da igreja e de suas convicções bíblicas, das crenças e mitos da igreja romanista. Cada reformador citado nesta ordem acima mostra os lados iguais, ou seja, suas visões gerais acerca de Deus, a bíblia e a igreja. Timothy mostra amplamente os reformadores e também visões e conceitos totalmente opostos um do outro. Apartir de suas convicções teológicas, e de suas visões e opiniões eclesiásticas e bíblicas, têm uma vasta compreensão de cada reformador suas teorias e suas contribuições para a igreja de Cristo Jesus.

Introduzindo a reforma e seus objetivos, os personagens abordados como: Lutero, Zuínglio, Calvino e Menno, cada reformador estão situados na nascente de uma tradição altamente confessional muito importante na reforma. Lutero e Zuínglio foram os reformadores da primeira geração; João Calvino e Menno, da segunda geração.
Martinho Lutero, o grande gênio teológico e convicto de sua libertação por meio da fé salvífica, e o mentor e executor da reforma protestante, deixaram sua marca notável nas igrejas que abraçaram os seus ideais. Zuínglio e o grande mestre João Calvino, os reformadores de Zurique e de Genebra, são os autores ou co-autores da tradição reformada, que se espalhou para muito além das fronteiras de sua amada nação. Menno líder dos anabatistas em comparação com esses três nomes da reforma é um estranho no ninho . Radicalizou e abandonou sua vida sacerdotal e tornou-se líder de um dos grupos mais importantes da reforma radical.

A igreja passou por muitas turbulências teológicas e doutrinarias e muitos estudiosos e mestres da pura palavra de Deus, ansiavam por muitas mudanças da igreja e que se tratava de liturgia e concepções teológicas, então a reforma não foi nada mais que uma resposta especifica as ansiedades e orações dos homens de Deus de suas épocas.
Os temas como culpa e morte estão intimamente relacionados ao que era talvez a ansiedade predominante na sociedade da baixa idade média, uma crise de sentido, e por causa disso e vários fatores, o mal-estar espiritual não foi à causa da reforma, mais com certeza constituiu seu pré-requisito. Então a reforma protestante do século XVI, foi à continuação da busca incansável pela restauração da verdadeira igreja de Jesus Cristo.
Fica claro que apesar de toda a crítica sobre as doutrinas da igreja romanista medieval, os grandes reformadores viam-se num elo com os dogmas principais e fundamentais da igreja primitiva. A reforma possui um significado permanente para a igreja do senhor Jesus Cristo. O tema da infinita soberania de Deus ressoa inequivocamente ao longo das histórias e escritos desses quatro grandes reformadores, pois explanam bem a vontade desse Deus soberano. Os reformadores concordam unanimemente em que a teologia, desde que, verdadeira e moldada pela palavra de Deus, encontra tanto seu ponto de partida quanto a sua meta final no único fundamento bíblico, Jesus Cristo.
O autor parte de uma investigação profunda de diversas personalidades formadoras, em vez de uma amostra ampla extraída de uma vasta gama de pensadores cristãos e religiosos, ele mostra a vida e conceitos e convicções teológicos desses quatro homens de Deus que contribuíram para a reforma no contexto doutrinário, bíblico e reformado de nossas igrejas. O gênero da teologia histórica que Timothy busca em sua obra é muito riquíssimo para uma boa compreensão da teologia dos grandes reformadores mencionados. Em fim, o significado geral da reforma fica em evidencia clara quando lemos a seguinte sentença: não o que significou, mas também o que significa. Como a teologia desses reformadores pode desafiar, corrigir e orientar nossos próprios esforços para uma teologia fielmente com base na autentica palavra viva de Deus? O autor responde as muitas perguntas.
Apesar das diferenças e debates altamente complexos, os reformadores trouxeram para a vida da igreja uma boa experiência no que diz respeito sobre a necessidade de se estudar as escrituras sagradas para um bom entendimento da verdade absoluta que é Cristo!

Ao ler, estudar e analisar a teologia dos reformadores este assunto aprofundou-me mais um pouco sobre estes grandes mestres e executores do movimento de renovação espiritual, e voltei-me aos rudimentos básicos da fé e da verdade de Deus. Roger Olson no seu livro sobre história da teologia cristã , fala intensamente sobre a contribuição que os quatro maiores reformadores deram para a sistematização da teologia da igreja atual. E Timothy George neste livro fala com essa mesma intensidade de espírito da vida e objetivos dos reformadores de Deus. O autor foi muito coerente com a história dos reformadores e não deixou dúvidas sobre a vida e a obra de cada um deles. A herança bem explanada pelo autor faz-nos recordar a convicção de que, acima de tudo, o culto deve servir para adorar e louvar o único Deus e Senhor de todos.

“À medida que Cristo reúne seu povo em memória, ao redor do púlpito e da mesa, seremos realmente capazes de adorá-lo em espírito e em verdade”.
(Timothy George)

“Porque melhor é a sabedoria do que jóias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela ”.
(Provérbios 8:11)

“A história dos reformadores soa aos nossos ouvidos como um som da verdadeira melodia da liberdade em Cristo Jesus ”.
(Reverendo: Silvio Ribeiro).

Por: Reverendo Silvio Ribeiro (Teólogo e Pastor).

"Os Três Pilares da Igreja do Senhor Jesus"

“Perseverança, Comunhão e Oração” (At 2:42-47)

O livro de atos dos apóstolos, relada como viviam os convertidos na igreja primitiva. Demonstra a unidade do Espírito na vida da igreja de Cristo, os cristãos estavam juntos e tinham tudo em comum, uns com os outros, viviam na, mas perfeita “Koinonia” esta palavra grega muito conhecida nas Escrituras Sagradas que traduzida para o português chama-se “Comunhão”, isto é, o ato de usar uma coisa em comum. Ela tem sentido de: companheirismo, compartilhar, congregação de pessoas de comum interesse, ter em comum, usar juntos, participação.
“Koinonia”: compartilhar aquilo que temos em comum e, neste contexto, a palavra é usada no sentido de compartilhar com propósito de edificar melhorar uns com os outros.

O conceito comum de comunhão nas escrituras sagradas é de um relacionamento intimo entre pessoas que tem a mesma visão do Reino de Deus.
Comunhão procede do substantivo grego "koinōnia". “Que significa literalmente tendo em comum, companheirismo” e "sociedade".
Já o adjetivo "koinōnos", que quer dizer "tendo em comum", é traduzido em 1 Co 10.18 por “participantes”.

Temos que aprender, muito com a Palavra de Deus, vê que uma igreja sadia, é uma igreja que tem a mesma visão, alvo, meta e unidade. Dois tipos de comunhão são fundamentais para o povo de Deus. Primeiro, com a Santíssima Trindade, que é expressa através de uma vida regada de muita oração, jejum, louvor e adoração (IJo 1:3). Segundo, com nosso semelhante, devemos está em sintonia com nossos irmãos em Cristo Jesus (IJo 1:7) através dos cultos, companheirismo, do compartilhar, do ter em comum..

Que neste ano de 2011 a igreja do Senhor Jesus, venha melhorar a comunhão e a união, que possamos viver em paz uns com os outros. Ter comunhão e viver a alegria do próximo, mas, também viver a sua tristeza. “Koinonia” é ter algo em comum, prazer nas mesmas coisas. Como igreja “Eu e Você” possamos viver o melhor de Deus juntos!

Por: Evangelista: Silvio Ribeiro

sábado, 13 de fevereiro de 2010


“OS EVANGELHOS”
A palavra evangelho significa: “Boas Novas”.
Portando, não temos quatro evangelhos, mas quatro evangelistas que escreveram, cada um, conforme sua visão (aquilo que aprove Deus), as boas-novas de salvação, acerca do Senhor Jesus Cristo.
Os evangelhos têm por meta apresentar o "Único Senhor e Salvador do mundo" aos quatro grupos de povos em que se dividia a humanidade:
1. JUDEU (religiosos)
2. GREGOS (intelectuais)
3. ROMANOS (dominadores)
4. GENTIOS (nações pagãs)
Os evangelhos são quatro, com características diferentes para alcançar quatro classes de povos que representava a humanidade da época.
Veja o quadro:

MATEUS – PROFÉTICO
CARACTERÍSTICAS DE JESUS: REINO/REI
ESCRITO PARA OS JUDEUS
MATEUS: ENFATIZA OS SERMÕES DE JESUS
O Evangelho do Messias – O Rei começa dizendo que Ele é o Messias prometido a Abraão que se assentará no trono de Davi: e termina com Sua ressurreição, a prova certa e absoluta de tudo isto.

MARCOS – PRÁTICO
CARACTERÍSTICAS DE JESUS: SERVO/PODEROSO
ESCRITO PARA OS ROMANOS
MARCOS: ENFATIZA OS MILAGRE DE JESUS
O Evangelho do Servo Fiel e Obediente de Deus começa contar logo a história do serviço da vida do servo fiel, obediente e Divino: e termina com este Servo exaltado no céu.

LUCAS - HISTÓRICO
CARACTERÍSTICAS DE JESUS: FILHO DO HOMEM/PERFEIÇÃO
ESCRITO PARA OS GREGOS
LUCAS: ENFATIZA AS PARÁBOLAS DE JESUS
O Evangelho do Filho do Homem começa contando a história do homem perfeito chamado Jesus: e termina com este Homem subindo para Deus nos céus.


JOÃO - ESPIRITUAL
CARACTERÍSTICAS DE JESUS: FILHO DE DEUS/DIVINDADE
ESCRITO PARA TODOS OS POVOS UNIVERSAL
JOÃO: ENFATIZA A DIVINDADE DE JESUS
O Evangelho do Filho de Deus começa com o fato que Ele é Deus: e termina com a promessa a sua vinda gloriosa e poderosa.

Nos livros dos profetas do AT há muitas profecias sobre a vinda de Jesus Cristo. Os evangelhos registram o cumprimento dessas profecias.
"O tema central de toda a Bíblia e o Senhor Jesus" é evidente que o personagem mais importante dos evangelhos é JESUS! Os autores destes evangelhos registraram com detalhes os fatos mais importantes da vida do Messias, Jesus é o personagem mais conhecido e popular das escrituras. Tudo e todos giram em torno Dele e para Ele.
Ainda que os primeiros escritos do novo testamento não tenham sido os quatro evangelhos (algumas epístolas foram escritas antes), Mateus, Marcos, Lucas e João são as fontes primaria sobre o estudo do ministério do Senhor Jesus Cristo.

Os evangelhos não são propriamente biográficos, nem contam a história da vida de Cristo. Ainda que históricos, os evangelhos não estão completos quanto ao aspecto de relatar a vida inteira do Senhor Jesus (João 21:25).
Eles apresentam um “retrato universal” do Messias, o grande rei de Israel e salvador do mundo; contam os eventos principais da vida e ministério de Jesus Cristo.
Os evangelhos foram escritos durante o tempo do Império Romano.
O termo evangelho vem da palavra hebraica Bissar e do Grego Evagellion, que significa boas novas de salvação. Esta palavra está registrada 112 vezes na Bíblia – Mt 4:23; Ap. 14:6. No passado, o conhecimento divino se dava através de visões, mensagens, sonhos, etc. No Novo Testamento, Deus vem em pessoa humana, em carne e osso, para que o homem o conhecesse como nunca antes. Muitos não tiveram o privilégio de estar ao lado de Jesus durante sua vida terrena. Para esses, entre os quais estamos nós, Deus providenciou que a vida, a obra e a mensagem de Jesus fossem registradas, afins de que, por meio de tais registros viéssemos a crer nele e conhecê-lo. Tais escritos são os Evangelhos.

“OS EVANGELHOS SINÓTICOS”Ao lemos os três primeiros evangelhos, percebe-se grandes semelhanças, mas também, algumas diferenças.
Mas não se trata de contradição, pois a Bíblia de maneira nenhuma ser contradiz, pois ela mesma é a Palavra de Deus aos homens (Sl. 119:105).
Cada evangelista escreveu segundo a experiência que vivenciou ou ouviu, e, destacou aquilo que julgou mais importante para informar ao povo, que tinha em mente, quando a eles a escreviam.
Estes três primeiros evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) são conhecidos por evangelhos sinóticos, porque ao contrario do evangelho de João, apresentam um conjunto da vida do Senhor Jesus. Logo, estes três evangelhos, podem ser vistos coletivamente.
A palavra sinótico vem do Latim Synopticos, que tem forma de sinopse; resumido.
Sinopse – significa ver em conjunto, ver coletivamente.


Os evangelhos sinóticos visualizam Cristo na sua esfera humana. Já o evangelho de João focaliza o Senhor Jesus Cristo como Deus-homem; a encarnação da Divindade.
Os sinóticos nos oferecem todo um conjunto de ensinamentos morais sobre as condições de entrada ou de existência no Reino: a pureza de intenção, a prece, o jejum, a esmola, a castidade, a fidelidade conjugal, o desapego das riquezas.
Infelizmente, algumas pessoas não respeitam a sabedoria do Espírito Santo na revelação das boas novas. Alguns enfatizam as diferenças nos evangelhos para tentar evitar alguma doutrina que não agrada a eles. Outros especulam que um autor copiou o trabalho dos outros, até a ponto de esquecer que todos foram inspirados por Deus (2 Tm 3:16-17).

Por: Reverendo Silvio Ribeiro