Silvio Ribeiro
George, Timothy
Teologia dos
reformadores /Timothy;
Tradução Gérson Dudus e Valéria Fontana. – São Paulo;
Vida Nova, 1993.
Timothy George é diretor-Fundador e
professor de teologia da Beeson Divinity School. Ele é mestre em teologia pela
Harvard Divinty School e doutor na mesma área pela Harvard University. Ensina
história da igreja, teologia histórica e teologia dos reformadores. Alem disso,
é editor-executivo da Christianity Today e participa também do conselho
editorial da The Harvard Theological Review, Christian History e Books &
Culture. É casado com Denise e pai de Christian e Alyce.
Em assuntos sobre história da igreja e a
teologia dos reformadores, ele é um dos nomes de referência na atualidade, é
muito respeitado nos seminários e no meio acadêmico em geral, por sua vasta
experiências sobre o tema.
Esta obra preocupa-se com o meio acadêmico
e teológico, mais também mostra de uma maneira simples e clara para leigos e
iniciantes os aspectos para básicos a teologia e fundamentos dos reformadores
que contribuíram e deu a igreja de Jesus Cristo o retorno aos rudimentos de
Deus, a saber, a sua vontade decretada contida na bíblia.
Este
grande compêndio teológico sobre a teologia dos reformadores tem o inicio com
um breve comentário sobre vários aspectos da reforma contendo informações boas
e ruins. O autor coloca de maneira agradável e carinhosa como foi seu inicio para
a composição desta grande obra e suas dificuldades aparentes. Um breve prefacio
e uma fascinante explanação teológica sobre reforma e seus grandes nomes.
Timothy
George mostra que este tema riquíssimo da literatura cristã foi colocado também
em algumas palestras e aperfeiçoada para então chegar a ser publicada, o
próprio fala sobre grandes e valiosas sugestões ao tema sugerido.
Nos capítulos iniciais vemos um grande e
rico comentário sobre as perspectivas do estudo da reforma é o debate entre os
historiadores sobre a questão da reforma ter sido arcaica ou inovadora. O autor
antes mesmo de entrar no propósito da qual quer abordar em seu livro mostra as
variedades de abordagens contraditórias, antes de expor o seu pensamento e sua
pesquisa sobre a teologia dos reformadores.
E sobre as sombras do passado ao ser
estudado George diz que estava impressionado com o contexto secular dos grandes
eventos atuais, ele diz também que muitas vezes somos tentados a interpretar de
maneira errada o passado com nossos pressupostos e aspectos padrões atual, em
vez da época que estamos pesquisando e estudando.
Após seus comentários introdutórios e sua
visão ampla e sistemática sobre os aspectos das visões contraditórios da
reforma no qual são descritos, ele começa oferecendo um perfil mais detalhado e
abrangente dos quatro maiores reformadores do século XVI, Martinho Lutero,
Ulrich Zuínglio, João Calvino e Menno Simons.
A obra mostra assim as contribuições de
cada um desses reformadores para o crescimento da igreja, suas polêmicas e
debates teológicos acerca da doutrina da igreja e de suas convicções bíblicas,
das crenças e mitos da igreja romanista. Cada reformador citado nesta ordem acima
mostra os lados iguais, ou seja, suas visões gerais acerca de Deus, a bíblia e
a igreja. Timothy mostra amplamente os reformadores e também visões e conceitos
totalmente opostos um do outro. Apartir de suas convicções teológicas, e de
suas visões e opiniões eclesiásticas e bíblicas, têm uma vasta compreensão de
cada reformador suas teorias e suas contribuições para a igreja de Cristo Jesus.
Introduzindo a reforma e seus objetivos, os
personagens abordados como: Lutero, Zuínglio, Calvino e Menno, cada reformador
estão situados na nascente de uma tradição altamente confessional muito
importante na reforma. Lutero e Zuínglio foram os reformadores da primeira
geração; João Calvino e Menno, da segunda geração.
Martinho Lutero, o grande gênio teológico e
convicto de sua libertação por meio da fé salvífica, e o mentor e executor da
reforma protestante, deixaram sua marca notável nas igrejas que abraçaram os
seus ideais. Zuínglio e o grande mestre João Calvino, os reformadores de
Zurique e de Genebra, são os autores ou co-autores da tradição reformada, que
se espalhou para muito além das fronteiras de sua amada nação. Menno líder dos anabatistas
em comparação com esses três nomes da reforma é um estranho no ninho[1]. Radicalizou e abandonou sua vida
sacerdotal e tornou-se líder de um dos grupos mais importantes da reforma
radical.
A igreja passou por muitas turbulências
teológicas e doutrinarias e muitos estudiosos e mestres da pura palavra de
Deus, ansiavam por muitas mudanças da igreja e que se tratava de liturgia e concepções
teológicas, então a reforma não foi nada mais que uma resposta especifica as
ansiedades e orações dos homens de Deus de suas épocas.
Os temas como culpa e morte estão
intimamente relacionados ao que era talvez a ansiedade predominante na
sociedade da baixa idade média, uma crise de sentido, e por causa disso e
vários fatores, o mal-estar espiritual não foi à causa da reforma, mais com
certeza constituiu seu pré-requisito. Então a reforma protestante do século
XVI, foi à continuação da busca incansável pela restauração da verdadeira
igreja de Jesus Cristo.
Fica claro que apesar de toda a crítica
sobre as doutrinas da igreja romanista medieval, os grandes reformadores
viam-se num elo com os dogmas principais e fundamentais da igreja primitiva. A
reforma possui um significado permanente para a igreja do senhor Jesus Cristo.
O tema da infinita soberania de Deus ressoa inequivocamente ao longo das
histórias e escritos desses quatro grandes reformadores, pois explanam bem a
vontade desse Deus soberano. Os reformadores concordam unanimemente em que a
teologia, desde que, verdadeira e moldada pela palavra de Deus, encontra tanto
seu ponto de partida quanto a sua meta final no único fundamento bíblico, Jesus
Cristo.
O autor parte de uma investigação profunda
de diversas personalidades formadoras, em vez de uma amostra ampla extraída de
uma vasta gama de pensadores cristãos e religiosos, ele mostra a vida e
conceitos e convicções teológicos desses quatro homens de Deus que contribuíram
para a reforma no contexto doutrinário, bíblico e reformado de nossas igrejas. O
gênero da teologia histórica que Timothy busca em sua obra é muito riquíssimo
para uma boa compreensão da teologia dos grandes reformadores mencionados. Em
fim, o significado geral da reforma fica em evidencia clara quando lemos a
seguinte sentença: não o que significou, mas também o que significa. Como a
teologia desses reformadores pode desafiar, corrigir e orientar nossos próprios
esforços para uma teologia fielmente com base na autentica palavra viva de Deus?
O autor responde as muitas perguntas.
Apesar das diferenças e debates altamente
complexos, os reformadores trouxeram para a vida da igreja uma boa experiência
no que diz respeito sobre a necessidade de se estudar as escrituras sagradas
para um bom entendimento da verdade absoluta que é Cristo!
Ao ler, estudar e analisar a teologia dos
reformadores este assunto aprofundou-me mais um pouco sobre estes grandes
mestres e executores do movimento de renovação espiritual, e voltei-me aos
rudimentos básicos da fé e da verdade de Deus. Roger Olson no seu livro sobre
história da teologia cristã[2], fala
intensamente sobre a contribuição que os quatro maiores reformadores deram para
a sistematização da teologia da igreja atual. E Timothy George neste livro fala
com essa mesma intensidade de espírito da vida e objetivos dos reformadores de
Deus. O autor foi muito coerente com a história dos reformadores e não deixou dúvidas
sobre a vida e a obra de cada um deles. A herança bem explanada pelo autor
faz-nos recordar a convicção de que, acima de tudo, o culto deve servir para
adorar e louvar o único Deus e Senhor de todos.
“À medida que Cristo reúne seu povo em
memória, ao redor do púlpito e da mesa, seremos realmente capazes de adorá-lo
em espírito e em verdade”. [3]
(Timothy George)
“Porque melhor é a sabedoria do que joias,
e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela [4]”.
(Provérbios 8:11)
“A história dos reformadores soa aos nossos
ouvidos como um som da verdadeira melodia da liberdade em Cristo Jesus [5]”.
(Seminarista: Silvio Ribeiro)
Seminário Presbiteriano de Brasília - DF.
Resenha para obtenção do Titulo de BACHAREL EM TEOLOGIA
Matéria: História do Pensamento Cristão I - Ano: 2º
Professora: Ivonete Silva - Terceiro Semestre 2009
|
Por: Reverendo Silvio Ribeiro
[1] Palavras
segundo Timothy, Teologia dos reformadores, p.21.
[2] Olson,
Roger. História da Teologia Cristã. 2000 anos de tradição e reformas. São
Paulo: Editora Vida, 2001.
[3] George
Timothy. Teologia dos reformadores, p.317.
[4] A Bíblia
Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no
Brasil. Segunda Edição. Sociedade Bíblica do Brasil. Barueri, SP.
[5]
Seminarista: Silvio Ribeiro. Reflexões e meditações.
Excelente!
ResponderExcluir